AULA DE LEITURA, COMPREENSÃO E ANÁLISE DE TEXTOS.

Turmas: 7º e 8º anos do Ensino Fundamental.

A borboleta e o casulo

 

Quando a lagarta, tornada crisálida, concluiu praticamente a sua transformação em lepidóptero, resta-lhe passar uma prova para se tornar verdadeiramente borboleta. Tem de conseguir romper o casulo no seio do qual se operou a transformação, a fim de se libertar dele e iniciar o seu voo.

Se a lagarta teceu o seu casulo pouco a pouco, progressivamente, a futura borboleta em compensação não pode libertar-se dele da mesma forma, procedendo progressivamente. Desta vez tem de congregar força suficiente nas asas para conseguir romper, de uma assentada, a sua gola de seda. É precisamente graças a esta última prova e à força que ela exige que a borboleta acumule nas suas jovens asas, que esta desenvolve a musculatura de que terá necessidade depois para voar.

Quem ignorar este dado importante e, imaginando ‘ajudar’ uma borboleta a nascer, romper o casulo em seu lugar, assistirá ao nascimento de um lepidóptero totalmente incapaz de voar. Esta não terá conseguido utilizar a resistência da sua sedosa prisão para construir a força de que teria necessidade para subtrair-se àquela ganga e lançar-se seguidamente no céu.

 

A lição da borboleta

Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo e um homem ficou observando o esforço da borboleta para fazer com que o seu corpo passasse por ali e ganhasse a liberdade. Por um instante, ela parou, parecendo que tinha perdido as forças para continuar. Então, o homem decidiu ajudar e, com uma tesoura, cortou delicadamente o casulo. A borboleta saiu facilmente. Mas, seu corpo era pequeno e tinha as asas amassadas.

O homem continuou a observar a borboleta porque esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e ela saísse voando. Nada disso aconteceu. A borboleta ficou ali rastejando, com corpo murcho e as asas encolhidas e nunca foi capaz de voar!

O homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendeu que o casulo apertado e o esforço eram necessários para a borboleta vencer essa barreira. Era o desafio da natureza para mantê-la viva. O seu corpo se fortaleceria e ela estaria pronta para voar assim que se libertasse do casulo.

Algumas vezes, o esforço é tudo o que precisamos na vida. Se Deus nos permitisse passar pela vida sem obstáculos, não seríamos como somos hoje. A força vem das dificuldades, a sabedoria, dos problemas que temos que resolver. A prosperidade, do cérebro e músculos para trabalhar. A coragem vem do perigo para superar e, às vezes, a gente se pergunta: não recebi nada do que pedi a Deus. Mas, na verdade, recebemos tudo o que precisamos. E nem percebemos.

 

1º texto: A borboleta e o casulo. 

Tipologia: Expositiva.

Gênero: texto científico.

 

2º texto: A lição da borboleta.

Tipologia: Narrativa.

Gênero: Crônica com mensagem.

 

1º Passo: (Leitura) Distribuir uma cópia dos textos para os alunos. A seguir, fazer a leitura em voz alta (do primeiro texto: expositivo) com a devida entonação e os alunos acompanham.

2º Passo: (Oralidade) O professor conduz uma discussão acerca do tema do texto, com perguntas como: Vocês entenderam do que trata esse texto? Há muitas palavras diferentes? Após as respostas dos alunos o professor explica como se dá o processo de transformação das borboletas, e lê novamente os trechos que comprovam o assunto do texto. Alguns alunos conduzem a discussão, porque lembram das aulas de ciências, já ouviram ou viram em algum lugar e isso enriquece a aula: eles acabam explicando para os colegas que não conhecem o assunto.

3º Passo: (Leitura) O professor pede para que algum aluno leia o texto 2 (narrativa) com a devida entonação.

4º Passo: (Oralidade) O professor pergunta se os alunos gostaram das palavras do texto 2. Pergunta se eles entenderam a analogia (usar uma palavra que os alunos entendam: comparação, etc.) do texto 2 com o texto 1. (O esforço que a lagarta é “obrigada” a fazer para transformar-se em borboleta e como nosso esforço é recompensado por Deus.).

 5º Passo: Desenvolvimento das atividades de análise e interpretação dos textos.

Análise do texto: A borboleta e o casulo.

1)    Procure no dicionário as palavras que você desconhece e anote no caderno apenas o significado referente ao assunto do texto 1. Faça o mesmo com as palavras do texto 2.

 

2)    O texto 1 é um texto científico?(   )Concordo (    )Discordo.

3)    O que faz você concordar ou discordar na questão 2. Retire do texto argumentos que comprovem sua resposta.

4)    O texto fala da transformação da borboleta. Cientificamente, como se chama esse processo?

5)    O autor utiliza-se do texto para orientar sobre o processo de transformação. Qual é a grande lição que ele quer passar aos leitores?
 

Análise do texto: A lição da borboleta.

1)    O texto 2 é uma crônica (Em poucas palavras: gênero textual curto que trata, de forma literária, de temas do cotidiano).

(     ) Concordo. (     ) discordo.

2)    Se você concorda ou discorda com a questão 2, justifique com palavras do texto.

3)    O que fez o homem decidir ajudar a borboleta?

4)    Qual a grande expectativa do homem em relação à borboleta?

5)    O que faltou ao homem para que pudesse entender o processo.

6)    A grande lição do texto 2 está em que parágrafo?  

7)    Você tirou alguma lição do texto 2? Qual?

 

DESDOBRAMENTOS

            Oralidade: Perguntar se os alunos conhecem outros bichos que passam pelo processo de metamorfose. Pedir para socializarem caso saibam, do contrário pedir para pesquisarem para a próxima aula.

            Levá-los à sala de informática para assistirem em vídeo a transformação da lagarta em borboleta. (Professor, não deixe essa etapa de lado, pois levei os alunos em pequenos grupos à sala do Acessa – previamente preparada, com o vídeo, pelo responsável da sala – e o retorno foi muito positivo, pois os alunos puderam contextualizar a metamorfose: www.youtube.com/watch?v=7isCQ3WIV2k   vídeo de 7m:51s./  e  www.youtube.com/watch?v=GRIn-4J1pSI vídeo de 1m:54s.)

(Fonte: site:  www.saladeatividades.com.br. Aula adaptada para aulas de Língua Portuguesa e desenvolvida com alunos do 8º ano do Ensino Fundamental – 1º Bimestre/2013 por Sônia B. Juarez.)