O artigo “O texto na era digital” de Edgard
Murano apresenta ao leitor uma série de considerações acerca da leitura e
escrita e de como isso vem mudando após o advento da internet. Abaixo, seguem
trechos significativos do artigo. Para acessá-lo na íntegra basta visitar o
ambiente virtual:
“Hoje,
com mais de 37 milhões de usuários de internet só no Brasil, essa tradição de
escrita parece mais viva do que nunca, impulsionada por novas tecnologias e
amplificada pela comunicação em rede. Não é exagero afirmar que e-mails, blogs
e redes de relacionamento já deixaram sua marca na produção textual
contemporânea.
Com
cada vez mais usuários - o acesso à rede no Brasil aumentou 35% entre 2008 e
2009 - a internet está criando novos hábitos de comunicação entre as pessoas,
que acabam se adaptando às facilidades da nova tecnologia. Isso vale tanto para
a leitura, em vista da profusão de textos veiculados na rede, quanto para a
escrita, principal meio de expressão do internauta.”
Há críticos da leitura pela
internet:
“(...)
o crítico de tecnologia Nicholas Carr defende a tese de que a navegação na
internet está interferindo em nossa capacidade de leitura. Se antes, afirma
Carr, ele se sentia um "mergulhador num oceano de palavras", hoje ele
literalmente se sente "esquiando nesse oceano", dando a entender que
a experiência de ler proporcionada pela internet é bastante superficial.”
“(...)
para Roseli Deieno Braff, supervisora de língua portuguesa da editora COC, essa
geração que já nasceu imersa na tecnologia não possui carência de informações,
pois está sempre conectada. Porém falta muitas vezes a capacidade de se
aprofundar mais no que leem e, consequentemente, de separar o joio do trigo. –
Não falta informação para esses jovens, mas muitas vezes falta a capacidade de
processar e refletir sobre tudo o que leem. Ansiosos e inquietos, consideram
uma tarefa muito difícil ler um livro de cem páginas. Nesse sentido, a ausência
de concentração torna-se muito negativa, obstáculo inclusive para a resolução
dos problemas que a vida certamente vai oferecer - afirma Roseli.”
Entretanto há pessoas que
defendem a leitura e escrita em ambiente virtual.
“(...) a professora de português Rosangela Cremaschi, do curso de Comunicação Escrita da FAAP, acredita que a diversidade de códigos e linguagens tem deixado os jovens mais atentos e receptivos. – A internet deixou o leitor mais receptivo e participativo, pois recebe informações em diferentes linguagens e por meio de leituras não lineares. O texto até então "sagrado" se torna mais acessível. Se antes o ato de ler era algo distante, a internet acabou com isso, o que é positivo - defende Rosangela.”
– A internet não deve ser vista como algo negativo, pois amplia nossas possibilidades de leitura. É claro que é preciso um olhar crítico, e este é o papel do educador, o de orientar a busca, seleção e gerenciamento das informações que estão disponíveis na rede - afirma Valéria Caratti, consultora do portal Planeta Educação.”
Em síntese, e entre tantas outras informações, o artigo
aqui citado expõe como muita propriedade que a internet favoreceu – nas falas
do autor do artigo – o desenvolvimento de uma “cultura letrada” e que “as
transformações pelas quais passam a leitura e a escrita estão por ser
dimensionadas.”
A seguir, algumas dicas de “bom uso” das ferramentas da internet que o artigo disponibiliza:
As regras de ouro do e-mail
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Anterior à internet, o correio
eletrônico continua sendo uma das formas de comunicação mais eficazes
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Mais antigo do que a própria internet, o e-mail é
uma das ferramentas mais importantes da comunicação virtual, e seu surgimento
foi importante para que a rede mundial de computadores fosse aperfeiçoada e
desenvolvida. A primeira troca de mensagens eletrônicas foi em 1965 e
possibilitava a comunicação entre várias pessoas ao mesmo tempo.
A velocidade dessas mensagens pode ser um prato cheio para desatenções por parte de redatores, resultando em erros muitas vezes constrangedores. Para que isso não ocorra, o texto de um e-mail deve ser simples, exigindo cuidados com sua releitura e acertos no tom da mensagem. No trabalho, onde a comunicação pode custar dinheiro ou mesmo o sucesso profissional, um e-mail deve ser redigido com toda a atenção para não dar margem a mal-entendidos. Deve priorizar três pontos: simplicidade, clareza e objetividade.
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Um blog pra chamar de seu
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Manter uma página com textos
próprios pode melhorar suas habilidades de escrita e leitura
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A palavra "blog", redução de web log,
foi criada em 1997 para designar sites cuja estrutura dinâmica e interface
amigável facilitam a publicação imediata de textos, imagens e sons, sem a
mediação de webmasters ou especialistas em tecnologia. Sua estrutura favorece a ordem
cronológica, cabendo ao post mais recente o lugar de destaque no topo da
lista.
Atualmente há milhões de blogs em atividade na internet e sobre os mais variados temas. Tem-se atribuído um papel importante aos chamados "blogueiros" na mídia de hoje, veiculando informações exclusivas e conteúdos que dificilmente seriam publicados em veículos de expressão, seja por razões ideológicas ou por serem de interesse muito específico. Educadores e especialistas em linguagem são unânimes ao afirmar que o cultivo de um blog pessoal traz benefícios às habilidades de escrita e leitura. A seguir, algumas dicas importantes para quem deseja tornar-se um editor dos próprios textos:
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Use o Twitter a seu favor
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Extraia o máximo de sua
comunicação com o mínimo de caracteres
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O Brasil é o segundo país com o maior número de usuários do Twitter,
rede social criada em 2006 que permite ao internauta escrever mensagens de no
máximo 140 caracteres. O serviço também permite que você "siga"
outros perfis, cujas informações podem ser visualizadas em tempo real. A onda
do Twitter chegou rapidamente ao mundo corporativo, que aos poucos começa a
usá-lo de forma mais eficaz. A seguir, algumas sugestões que podem ser úteis
para quem quer fazer bom uso da ferramenta.
· Regularidade: muitos perfis no Twitter ficam
inativos por tempo demais, não cumprindo assim a função a que se propõem.
Portanto escreva, leia, siga, enfim, faça-o funcionar.
· Pessoal x profissional: cuidar de
um Twitter corporativo exige que você "pense" como a empresa ou o
produto. Por isso nunca emita opiniões pessoais sobre temas polêmicos.
· Interação: embora o Facebook seja mais propício à interação
com outros usuários, o Twitter também permite formas de interação com outros
perfis. O ideal é que não se faça desse espaço uma espécie de sala de bate
papo. Deixe as conversas longas e de caráter mais pessoal para o e-mail ou
Facebook. Ouça opiniões, retuíte-as, responda e não fuja de questões
delicadas, mantendo sempre a responsabilidade sobre o que está dizendo.
· Não saia seguindo todo mundo: de nada
adianta seguir 10 mil pessoas esperando ser seguido de volta. O que irá
atrair seguidores do seu perfil certamente é o conteúdo do que você publica.
Além disso, seguir muitas pessoas sobrecarregará sua timeline, impedindo que
você absorva todas as informações.
· "Unfollow": se acaso
algum perfil estiver inundando-o de informações inúteis ou ofensivas, não
hesite em parar de segui-lo (unfollow). Mas não é preciso alardear.
· Honestidade: não tome como suas as ideias que você leu em
outros perfis. Procure citar a fonte de seus tuítes.
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Glossário do Twitter
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FONTE: http://revistalingua.uol.com.br/textos/64/artigo249031-1 Data do acesso: 18/06/2013 às 09h:35s.
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